Desde o dia 11 de março, a Operação Xapiri, conduzida pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), vem intensificando o combate ao garimpo ilegal na região do Rio Madeira. A ofensiva, que conta com apoio da Polícia Militar Ambiental, já resultou na destruição de 31 balsas usadas na exploração ilegal de ouro.

Foto: Divulgação
Fiscalização e repressão
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As ações de fiscalização entre os dias 11 e 15 de março levaram à destruição de equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais. Confira os números:
• 11/03 – 4 balsas destruídas
• 12/03 – 8 balsas destruídas
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• 13/03 – 2 balsas destruídas
• 14/03 – 5 balsas destruídas
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• 15/03 – 12 balsas destruídas
Grande parte dessas estruturas foi encontrada em terras indígenas Setemã e Arary, áreas que vêm sofrendo graves impactos socioambientais devido à atividade garimpeira predatória.
Danos ambientais e riscos à população
A exploração ilegal de ouro na região tem causado prejuízos severos ao meio ambiente e à saúde das comunidades locais, especialmente pelo uso indiscriminado de mercúrio, metal altamente tóxico. Os principais impactos incluem:
• Poluição dos rios: O mercúrio envenena os peixes e compromete a principal fonte de alimentação dos ribeirinhos e povos indígenas.
• Destruição de habitats: O desmatamento e a movimentação de sedimentos alteram o curso dos rios, afetando a biodiversidade.
• Ameaças e violência: A presença de garimpeiros ilegais gera conflitos, resultando em episódios de intimidação contra as comunidades indígenas.
Operação segue sem prazo para terminar
A Operação Xapiri foi planejada desde dezembro de 2024, em reuniões estratégicas entre Funai e Ibama, com o objetivo de desarticular o garimpo ilegal e coibir crimes ambientais na região. Segundo o superintendente do Ibama-AM, Joel Araújo, a ofensiva tem sido fundamental para reduzir a contaminação do Rio Madeira pelo mercúrio e evitar o avanço da mineração ilegal sobre a terra indígena Koata-Laranjal.
As ações seguem em andamento, sem data definida para encerramento, reafirmando o compromisso das forças ambientais e de segurança na proteção da Amazônia e de seus povos tradicionais.