MEIO AMBIENTE

Quatro municípios do AM integram projeto sobre desastres naturais

A Fiocruz selecionou 50 municípios em todo o país. Desses, 12 serão escolhidos para implementar as orientações do manual ainda em 2025


A Prefeitura de Manaus e outras três do interior do Amazonas (Canutama, Careiro da Várzea e Lábrea), foram selecionadas para contribuir com experiências e propor sugestões sobre enfrentamento de desastres naturais como cheias, secas, incêndios florestais e as terras caídas, fenômeno típico da Amazônia.

Foto: Divulgação

As propostas vão compor um manual de enfrentamento de riscos do Projeto Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres em Cidades coordenado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A finalidade do documento é reunir metodologias sobre intervenções urbanas integradas e inovadoras para prevenir e adotar ações rápidas em casos de desastres naturais.

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A Fiocruz selecionou 50 municípios em todo o país. Desses, 12 serão escolhidos para implementar as orientações do manual ainda em 2025. O projeto inclui capacitação de servidores e apoio de universidades. A seleção de municípios foi feita a partir de dados do Sistema de Informações e Análises sobre Impactos das Mudanças do Clima, do Ministério das Cidades, e da Fiocruz com base em ações de saúde.

O objetivo é fortalecer as estratégias nacionais de planejamento para crises socioeconômicas e ambientais, e garantir maior segurança e qualidade de vida para seus cidadãos. “O Ministério das Cidades está empenhado em reduzir as desigualdades socioterritoriais, mediante o desenvolvimento urbano integrado, democrático, acessível, inclusivo e sustentável. Diante da ocorrência de eventos extremos cada vez mais intensos e frequentes, é evidente a necessidade crescente em desenvolver e implementar estratégias de planejamento e intervenções urbanísticas”, diz Cristina Scorza, diretora do Dedum (Departamento de Estruturação do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano), do Ministério das Cidades.

A fase seguinte, prevista para 2026, consiste na aplicação da metodologia em seis territórios pilotos com suporte técnico especializado específico para seus contextos e desafios locais, através de assessoria técnica que apoie a elaboração e implementação de estratégias de redução de risco de desastres dos municípios participantes.

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“A Fiocruz tem compromisso com a proteção e a promoção da saúde e a qualidade de vida da população, e tem atuado de forma intersetorial buscando contribuir com outras políticas setoriais considerando o efeito dessas políticas nas condições da saúde nos territórios”, diz Luis Domingues, coordenador do PITSS (Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis), da Fiocruz.