Cerca de 280 toneladas de lixo foram retirados da orla do Rio Negro, em Manaus, no mês de abril. A quantidade é 53,33% menor que a média mensal de lixo recolhido na orla da capital, de 600 toneladas. A redução foi anunciada pelo prefeito David Almeida nesta quarta-feira (14/05). Ele atribui à queda na poluição às ecobarreiras, retentores instalados em igarapés que impedem de chegar ao rio.

Foto: Divulgação
David Almeida disse que as barreiras ecológicas foram apresentadas recentemente a gestores de planejamento urbano de outras cidades do país. “Nós diminuímos mais da metade desse lixo que chegava no Rio Negro, depois chegava no Amazonas e depois aos oceanos”, disse David Almeida.
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São dez ecobarreiras instaladas em igarapés como Mindu, Franco, Passarinho, São Francisco e União. O projeto, coordenado pela Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Urbana), busca conter o lixo antes que atinja o leito do Rio Negro. A maioria dos resíduos é de plástico.
Lixo
O prefeito reclamou da falta de comprometimento de moradores com a destinação correta do lixo. “Falta consciência, falta educação e parceria da população com a cidade”, disse.
David Almeida citou que o volume de lixo gerado na cidade é “absolutamente alto”. A capital produz, em média, 2,3 mil toneladas de resíduos diariamente, o equivalente a 575 caminhões caçamba cheios. Ele alertou que boa parte desse lixo acaba indo parar em bueiros, igarapés e redes de drenagem.
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“A quantidade de lixo que se recolhe na cidade de Manaus é absolutamente alta. Vou dar um exemplo: a Ponta Negra, lá nós temos três equipes ininterruptas. A gente limpa a Ponta Negra. A gente sai de lá 9 horas da noite, tudo limpo. Saio para correr 5 da manhã e já está tudo sujo. Não tem trabalho que aguente, não tem secretaria e servidor que aguente conviver com essa falta de compromisso de alguma parte da população com a sua própria cidade”, disse o prefeito.