SAÚDE MENTAL

Especialistas debatem como identificar e tratar da dependência tecnológica em adolescentes

O tratamento deve ser abordado de maneira abrangente, combinando mudanças comportamentais e suporte psicológico


Em uma era dominada por smartphones, redes sociais e jogos digitais, a dependência tecnológica tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente entre os adolescentes. A tecnologia, que oferece inúmeras vantagens, quando usada de forma excessiva, pode prejudicar a saúde mental e qualidade de vida desses jovens. Identificar os sinais e adotar estratégias eficazes de tratamento são passos fundamentais para lidar com essa questão.

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A dependência tecnológica em adolescentes se manifesta de várias maneiras. Alguns indicadores comuns incluem:Uso excessivo: o jovem passa mais tempo em dispositivos eletrônicos do que em atividades físicas, sociais ou acadêmicas. Esse comportamento pode interferir nas responsabilidades diárias e comprometer a qualidade do sono;
Isolamento social: preferência por interações on-line ao invés de encontros presenciais com amigos e familiares. Isso costuma ser um sinal de que a tecnologia está substituindo relacionamentos reais;
Mudanças de humor: irritação ou raiva quando o acesso à tecnologia é restringido ou há dificuldades em usar dispositivos. O comportamento pode se tornar agressivo ou defensivo;
Preocupação constante: pensar frequentemente em jogos, redes sociais ou outras atividades tecnológicas, mesmo quando não está usando o dispositivo;
Negligência de outras áreas: diminuição do desempenho acadêmico, problemas de saúde física, como dores de cabeça ou problemas de visão, e descuido com a higiene pessoal podem ser sinais de que a tecnologia está dominando a vida do adolescente.

O tratamento deve ser abordado de maneira abrangente, combinando mudanças comportamentais e suporte psicológico. Algumas estratégias eficazes são:
Estabelecimento de limites: definir regras claras sobre o tempo de uso de tecnologia e garantir que haja períodos sem dispositivos, como durante as refeições ou antes de dormir;
Atividades alternativas: incentivar a participação em atividades off-line, como esportes, hobbies ou encontros sociais, para criar um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e outras experiências;
Educação sobre uso responsável: ensinar sobre os riscos do uso excessivo da tecnologia e as consequências para a saúde mental e física. Promover a conscientização pode ajudar a reduzir comportamentos problemáticos;
Apoio psicológico: buscar a ajuda de um psicólogo especializado é essencial para tratar a dependência tecnológica. Por meio da terapia, o adolescente desenvolve habilidades de enfrentamento e lida com a dependência de forma construtiva;
Envolvimento familiar: a participação dos pais é crucial. Eles devem estar cientes dos hábitos tecnológicos dos filhos e se engajarem ativamente na criação de um ambiente que promova o uso equilibrado.

Alcilene Moreira, responsável técnica da Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE, destaca a importância de uma abordagem equilibrada para o tratamento da dependência tecnológica. “Esse problema afeta não apenas a saúde mental dos adolescentes, mas também a capacidade deles se relacionarem de maneira saudável com o mundo ao seu redor. É fundamental que os pais e educadores estejam atentos aos sinais e intervenham de maneira adequada. A terapia psicológica pode oferecer um suporte valioso, ajudando os jovens a encontrarem um equilíbrio saudável e a desenvolverem habilidades para lidarem com a tecnologia de forma mais consciente”.

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“Essa dependência pode ser desafiadora, mas com uma identificação precoce e uma abordagem de tratamento abrangente, é possível ajudar os adolescentes a retomarem o controle e desfrutarem dos benefícios da tecnologia sem comprometer a saúde e o bem-estar”, conclui Alcilene.
Conheça a Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE
Localizada na Av. Getúlio Vargas, Centro, a Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE oferece o serviço de psicoterapia individual, escuta emergencial, psicodiagnóstico, ludoterapia e estimulação cognitiva para o público interno e externo (crianças a partir de sete anos e adultos até 70 anos). Os atendimentos são realizados por alunos, sempre supervisionados por professores, mas também oferecemos atendimentos por profissionais especializados. O serviço tem um valor simbólico e pode ser marcado pelo WhatsApp (92) 3212-5169 ou presencialmente na unidade.